Ellen narrando
Cheguei no presídio já no modo automático.
Mais um dia longo, mais um dia cansativo.
Os mesmos corredores abafados, os mesmos olhares atravessados dos internos, os mesmos relatos pesados que eu já havia aprendido a carregar sem absorver demais.
Era só mais um dia.
Ou pelo menos… era pra ser.
Porque hoje, por mais que eu quisesse…
Não dava pra tirar o nome dele da lista.
Coringa.
Eu pensei mil vezes em inventar uma desculpa. Em alegar falta de tempo, priorizar outro atendimento, ou até mesmo fingir que esqueci de incluir o nome dele.
Mas não dava.
E apesar de tudo, eu não sou mulher de fugir.
Então deixei o nome dele lá.
Último do dia.
Não por acaso.
Porque eu sabia.
Sabia que ele me desestabiliza.
Sabia que só de ouvir o nome dele meu corpo reage.
Sabia que ele é um perigo disf……
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