Coringa narrando
O dia passou arrastado.
A noite caiu.
E eu ainda tava puto.
Puto pra c*****o.
Não era uma raiva comum. Não era uma irritação qualquer. Era aquele tipo de fúria silenciosa, aquela que vai crescendo no peito devagar, cozinhando quente, queimando por dentro.
O problema não era o que ela falou. Era o que ela fez comigo.
A desgraçada entrou na minha mente e plantou uma p***a de uma semente que não para de crescer.
O PPG. Meu filho. Meus pais.
Ela cutucou onde não devia. Mas, pior do que isso, ela conseguiu me tirar do eixo.
E ninguém me tira do eixo.
A cela tava no silêncio de sempre, só os outros presos largados nos cantos, um fumando, outro falando baixo com alguém na grade.
Eu sentado na minha cama, esfregando a mão no rosto, tentando esvaziar a mente. Mas não dava.
Essa m……
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