Coringa narrando
Eu sai do morro e a cada metro que eu dirigia eu só lembrava de ver partes dos meus pais pelos ares, e isso me consumia, isso me deixava desesperado. Cada lembrança me fazia acelerar o carro cada vez mais rumo aquele maldito condomínio de luxo daquele maldito daquele coronel desgracado
As lembranças são mais vivas que tudo em minha memória, eu me alimento dessa memória todos os dias
Eu cheguei no condômino daquele filho da p**a e eu não perdi tempo, eu já tinha tudo esquematizado. Eu entrei naquela casa e os dois estavam dormindo, o casal, ia morrer os dois, porque o desgracado matou os meus pais! As razões do meu viver
Eu batia muito no desgracado, com a barra de ferro eu batia nos dois ao mesmo tempo, a mulher gritava, se desesperava, e eu não queria saber!
Eu vim sozinho, determinado no que eu ia fazer, e eu não tive pena, eu batia muito neles sem dó, eu puxei o velho e encarei os seus olhos por uma última vez
- você criou um monstro, mexeu onde não deveria, e agora eu vou te matar - eu falava sorrindo feito um psicopata- mas antes, você vai ver quem você ama, morrendo, assim como você fez comigo - eu falava com ele que gritava desesperado
O coronel gritava, mas ninguém ia ouvi-lo. Eu já tinha cuidado disso antes, já tinha desligado as câmeras, os alarmes. Ali, naquela casa, era só eu e ele.
Eu sai arrastando ele pela casa, até a sala, onde amarrei ele muito bem amarrado, todo o meu plano havia sido muito bem calculado
O sangue escorria do rosto do desgraçado, os olhos dele estavam arregalados, cheios de medo. Ele, que um dia se orgulhou de matar meus pais, agora estava ali, vulnerável, sujo do próprio sangue, tremendo como um rato encurralado.
Voltei pro quarto pra pegar a mulher dele que gemia no chão, ainda viva, mas prestes a apagar. Eu já tinha esmagado alguns ossos dela, e logo seria a vez dela encontrar o mesmo destino do marido. Mas primeiro, eu queria que ele assistisse.
- Olha bem, coronel… olha bem, porque é isso que acontece quando se mexe com a família errada. - sussurrei no ouvido dele, quando voltei pra sala trazendo aquela v***a da mulher dele, e puxando a faca que eu trouxe comigo.
Ele tentava se soltar, mas eu tinha amarrado ele bem, cordas grossas, firmes. Tinha dado trabalho arrastar os dois até a sala, mas agora estava tudo pronto. O show ia começar.
Segurei a faca com firmeza e, sem aviso, enfiei no peito da mulher dele. Ela se debateu, engasgou no próprio sangue, os olhos dela ficaram vidrados e um segundo depois, ela já não estava mais ali. Mas eu ainda não tinha terminado, eu esquartejei ela toda na frente dele, ele gritava desesperado, seu telefone já tocava, provavelmente os guardas da rua, mas isso não me importava. Eu arranquei todos os pedaços da sua mulher jogando bem nos seus pés, vendo o desespero dele ao assistir aquela cena.
- Agora é a sua vez, coronel… - murmurei, limpando a lâmina na blusa dele, vendo o desespero tomar conta do rosto do desgraçado.
Ele chorava, balbuciava alguma coisa, mas eu não estava interessado. Cortei a primeira orelha dele fora, com calma, sentindo o tremor do corpo dele a cada segundo. Depois, fiz o mesmo com a outra. O sangue espirrava quente, o cheiro da morte já tomava conta do lugar.
- Tá sentindo, coronel? Tá sentindo o gosto da sua própria merda? - gargalhei, segurando a cabeça dele pelos cabelos, forçando ele a olhar para os pedaços do corpo sem vida da mulher. - É assim que a dor bate, né? É assim que a vida de alguém é tomada, né? Foi assim que você fez com os meus pais! Seu filho da p**a
Ele balançava a cabeça, tentava murmurar algo, mas eu calei ele com um golpe forte no maxilar. Os dentes dele racharam, um deles caiu no chão com um barulho seco.
Agora era a parte final.
Comecei pelo braço, cortando devagar, vendo a pele, os músculos se separarem como se fossem pedaços de carne qualquer. Ele se debatia, mas era inútil. Um pedaço por vez, eu fui tirando. Primeiro os braços, depois as pernas. O sangue manchava minhas mãos, minha roupa, o chão. A sala parecia um açougue depois do expediente.
Por último, fiz um corte profundo no peito dele, arrancando o coração ainda pulsante. Levantei aquele pedaço quente de carne e observei o último suspiro do desgraçado.
Agora sim… agora minha vingança tá completa.
Joguei o coração no chão, limpei a lâmina na camisa dele e me levantei. Meu trabalho ali estava feito. Mas ainda tinha mais um detalhe.
Peguei a cabeça dos dois e saí da casa, tudo isso fazia parte do meu plano, eu fui para a frente da casa e já tinham muitos guardas da rua ali
- QUE p***a E ESSA ?- eles gritaram desesperados apontando a arma pra mim
- vão demorar a chamar a polícia ?- eu pergunto e jogo a cabeça dos dois nos pés dos guardas e me sento ali acendendo um cigarro
A cara deles era de medo, de espanto diante aquele crime bárbaro, e eu me sentia de alma lavada, completamente vingado depois de matar ambos pela honra dos meus pais
A fumaça do cigarro subia lentamente enquanto eu observava os guardas congelados, sem saber o que fazer. O medo tava estampado nos olhos deles, as mãos tremiam segurando as armas apontadas pra mim. Mas eu? Eu tôrava na tranquilidade. Missão cumprida.
- Chama logo a p***a da polícia, vai - soltei a fumaça devagar, batendo as cinzas no chão sujo de sangue. - Não tenho a noite toda, né?
O murmurinho entre eles foi aumentando, um olhando pro outro, até que um pegou o rádio e começou a relatar o ocorrido. Foi questão de minutos até as sirenes rasgarem o silêncio da noite. Viaturas chegando, luzes piscando, a bagunça tava feita.
Eu continuei sentado no meio daquele caos, os guardas ainda com as armas engatilhadas. Um policial se aproximou, a mão na pistola, o olhar de puro nojo pra mim.
- Levanta, desgraçado! Mãos na cabeça! - ele berrou, cuspindo raiva.
Joguei o cigarro no chão e esmaguei com a ponta do sapato, erguendo as mãos devagar. Mas antes que eu pudesse levantar direito, um deles veio com tudo e me acertou um chute na costela. Outro veio e me socou o rosto. Aí pronto, liberaram o esculacho.
Chutes, socos, murros. Eles descontavam a revolta em mim, mas eu não gritei. Eu não pedi arrego. Eu deixei. Eu queria que eles sentissem. Que todo mundo sentisse o peso do que eu fiz.
A imprensa já tava ali. Flashes, câmeras, microfones. Repórteres berrando no meio da confusão.
- Quem é esse homem? Qual a motivação desse crime brutal?
- Como ele conseguiu invadir a casa do coronel?
- Há envolvimento com o crime organizado?
E eu ali, estirado no chão, cuspindo sangue e rindo. Os policiais continuavam me batendo, e eu rindo. Porque ninguém ali entendia. Ninguém ali sabia o que era viver com aquilo todos os dias na cabeça.
Fui algemado e arrastado até a viatura. Antes de me empurrarem pra dentro, um dos policiais segurou meu rosto com força.
Você vai apodrecer na cadeia, seu lixo.
Eu sorri. Um sorriso grande, cheio de dente, encarando ele nos olhos.
- E eu vou dormir tranquilo.
Dentro da viatura, eu olhei pela janela enquanto me levavam. A cidade continuava viva, indiferente. E eu sabia que agora era só questão de tempo até tudo se desenrolar. E eu estava muito tranquilo com isso, e ansioso pelo julgamento, pois tudo o que eu fiz até aqui foi calculado!
No dia do julgamento foi icônico, eu me sentia um verdadeiro artista, e aquilo me trazia uma mega satisfação, eu entrei naquele fórum de queixo erguido, peito estufado e sorriso no rosto, pois eu me sentia plenamente feliz com o meu feito!
O tribunal tava lotado. Jornalistas, curiosos, familiares do coronel. Todo mundo querendo ver o monstro que fez aquele estrago.
Me botaram no banco dos réus, as algemas apertadas no pulso. Do outro lado, os promotores desfilavam com suas provas, suas fotos, seus depoimentos.
- Este homem não é apenas um assassino, ele é um psicopata! Um ser humano sem empatia, que planejou friamente a execução de suas vítimas!- o advogado da família do coronel me apontava e eu só dava risada da cena e do desespero deles
Os jurados balançavam a cabeça, alguns com expressões de horror. As imagens da cena do crime rodavam na tela do tribunal. Sangue, corpos dilacerados, cabeças arrancadas. Todas as fotos que o iml tirou na hora da perícia. Eu via todo mundo revirando o estômago.
E eu? Eu assistia tudo quieto. Sem remorso. Sem culpa. Aquilo me trazia até um certo alívio, uma satisfação de ver o meu trabalho tão bem feito!
A defesa tentou argumentar insanidade. Falaram de trauma, de perda, de um menino que viu os pais sendo explodidos por um desgraçado que devia proteger a lei. Mas eu não era do tipo que gostava de ser tratado como coitado.
O juiz olhou pra mim por um instante, ajeitou os óculos e bateu o martelo.
- Condenado à 25 anos de prisão , em regime fechado, cadeia de segurança máxima.
Murmúrios pelo tribunal. Uns satisfeitos, outros achando pouco. Mas eu? Eu continuei tranquilo. Porque na verdade eu já sabia que ia terminar assim. A diferença é que agora, eu finalmente podia descansar.
A vingança tava feita. E em breve eu voltaria pra rua PELA PORTA DA FRENTE! E COM A MINHA HONRA INTACTA!.
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