Ellen narrando - continuação
Meu corpo inteiro relaxou por um segundo. Eu joguei as malas dentro do carro, me encolhi no banco de trás e, assim que a porta se fechou, minha respiração saiu trêmula.
O carro começou a se mover.
E foi aí que tudo desabou.
As lágrimas vieram com força. Eu tentei segurá-las, tentei engolir o choro, mas era impossível. O alívio misturado com a dor, o medo, a revolta. Tudo que eu tinha segurado explodiu dentro de mim.
Eu chorei como nunca tinha chorado antes.
Chorei pela dor física, pelo corpo ferido, pelo olho inchado, pelos machucados que eu nem sabia que tinha.
Mas, acima de tudo, chorei pela dor emocional. Pela humilhação. Pelo peso de todas as vezes que ele me diminuiu, que me prendeu, que me disse que eu não era nada sem ele.
Chorei porque, no fundo,……
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