Ellen narrando - continuação
Assim que pisei fora do presídio, dei de cara com Alexandre segurando mais um buquê de rosas e vindo na minha direção com aquele sorriso nojento. Meu estômago revirou na hora. Eu não consegui acreditar que ele teve a audácia de vir até aqui, na porta do presídio.
Sabe quando a pessoa praticamente assina um atestado de culpa? Se eu ainda tinha alguma dúvida – que, pra falar a verdade, nem eram muitas – agora ele acabou de me entregar um prato cheio de certezas de que estava me traindo.
— Oi, meu amor. Vim te buscar no serviço. — Ele se aproximou, me puxando para um abraço.
Eu congelei no lugar. Podia sentir os olhares dos agentes sobre mim, uns curiosos, outros assustados. Nunca falei com ninguém daqui além do essencial. No máximo um “bom dia”, “boa ta……
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