— Leve-me para a Grécia com você. Ela sugeriu com uma voz doce e provocativa. — Nós nos perderemos juntos nessas ilhas paradisíacas, você me fo*de no seu veleiro e em cada canto que você quiser. E se, em algum momento, você decidir que quer me dar uma chance, prometo que não vou te decepcionar.
Ela ficou na ponta dos pés, pendeu sobre o pescoço dele e olhou para ele atentamente.
— E se depois de um mês você ainda estiver relutante em tentar novamente, então voltaremos a ficar juntos, e cada um de nós seguirá o seu próprio caminho. Acrescentou ela, com uma mistura de sinceridade e desafio.
Enquanto ela ficava na ponta dos pés, ele tomou a sua boca num beijo breve, mas intenso, examinando o seu olhar. Jade não era burra. Ela sabia que, embora fosse mais nova que a irmã, também era menos atraente e que nunca teria tido uma chance com o homem à sua frente se não fosse pelo que havia acontecido. De certa forma, ela até sentiu que o havia provocado, sendo a pessoa que expôs o que a sua irmã havia escondido. Por esse motivo, ela não pretendia desperdiçar a oportunidade de conquistar o que restava do coração de Willian Voss.
O corpo feminino estremeceu quando Willian agarrou o seu pescoço com força. Ela olhou para ele com os olhos arregalados, recuando enquanto ele a segurava até que ela finalmente caiu de costas na cama, com as pernas bem abertas e ele inclinado sobre ela.
— Eu te fo*di porque você se colocou numa bandeja de prata. Ele disse asperamente. — Porque, na minha ânsia de machucar a sua irmã, mesmo que um pouco, a ideia parecia certa. Mas quando eu sair daqui, deste país, Langley não terá mais importância para mim, e isso inclui você.
Jade gemeu com a pressão no seu pescoço, mas sua necessidade era maior que qualquer desconforto. Sem resistir, ela levantou o rosto para tomar a boca masculina num beijo desesperado. Logo, Willian a posicionou e penetrou nela, dando-lhe palmadas enquanto dizia que ela era uma vagabu*nda, e ela, mais do que nunca, aceitou que era. Um sorriso espalhou-se pelo rosto de Jade, um sorriso que parecia beirar a loucura, enquanto Willian prendia ambos os braços acima da cabeça, segurando-a com uma intensidade quase selvagem, como um animal em completo frenesi.
A jovem acabou quase desmaiando, se contorcendo na cama depois daquele último orga*smo. O seu sorriso era de absoluta satisfação, e aquele orga*smo, tão violento que ela quase sentiu como se estivesse perdendo o controle do seu corpo, deixou-a com as pernas trêmulas como se fossem feitas de gelatina. O seu corpo estava coberto de chupões, mordidas e marcas. Ela tinha certeza de que não conseguiria andar por pelo menos uma semana, mas definitivamente valeu a pena.
Ele tentou focar a sua visão quando ouviu algum tipo de alarme. Willian, sem parar, saiu da cama, pegou as suas roupas e começou a se vestir.
— Não vamos poder nem ter um jantar de despedida? Ela perguntou com uma mistura de esperança e resignação.
Willian olhou para ela por cima do ombro.
— Esta é a nossa despedida, Jade. Ele respondeu, ajustando a sua camisa com firmeza. Ele se virou para ela, que estava sentada na cama, quase inconsciente, enquanto ele estendia as mãos e segurava o seu rosto. — Foi bom enquanto durou. Ele disse com um leve sorriso. — E eu sinceramente espero que você encontre alguém que te valorize e te dê o lugar que você merece, mas eu não sou esse alguém…
Jade sorriu fracamente e, com um lampejo de travessura, ela roçou as pontas dos dedos na bochecha dele.
— Talvez em um mês você volte e eu lhe diga que estou grávida. Ela murmurou num sussurro, quase como um desafio.
Mais uma vez, Willian agarrou as suas bochechas com força, forçando-a a olhar para ele.
— Fiz uma vasectomia no dia seguinte ao meu casamento fracassado. Ele respondeu friamente. Ela abriu os olhos surpresa.
— Esse plano que você está executando parece de uma verdadeira... rem*da. Ela disse com uma mistura de decepção e desafio.
Ele deu de ombros, soltando-a, e deu um passo para o lado para calçar as botas na frente da cama. Quando ele ficou pronto, ele começou a abotoar a camisa sem olhar para ela.
— Ou talvez seja o plano de um homem que deixou de acreditar no amor porque a mulher que ele considerava o amor da sua vida foi infiel a ele no dia do seu casamento, com dois dos seus melhores homens.
Sem hesitar, ele foi até a porta, lançando um último olhar para Jade antes de abri-la.
— Você vai contar para sua irmã?
— Você quer que eu faça isso?
Ele deu de ombros, mas acabou sorrindo ironicamente para o sorriso m*alicioso que ela lhe deu. Willian balançou a cabeça e saiu daquele quarto de motel, encerrando o capítulo com a sua cunhada, ou ex-cunhada. Ele realmente não sabia mais como chamá-la e não se importava. Como o quarto estava p**o por toda a noite, mesmo sabendo que não ficaria lá, ele saiu rapidamente, procurando o seu carro para ir até a casa da sua mãe, onde estava hospedado desde a separação.
Quase três semanas passaram-se desde aquele casamento fracassado, e Grace ligou para ele tantas vezes que ele acabou trocando o seu número de telefone. Ela chegou a procurá-lo no local de trabalho e na casa da mãe dele, mas ele sempre estava ausente. Naqueles dias, a única coisa que o movia era a raiva, a necessidade de desabafar com a cunhada e os preparativos para sua próxima viagem à Grécia, que aconteceria naquela mesma noite.
Enquanto ele dirigia para a casa da sua mãe, a cidade de Los Angeles começava a se iluminar com as luzes da noite. Lá ele tinha as suas malas prontas e, embora a sua mãe, a sua família e até mesmo o seu irmão Adam vissem essa viagem como uma oportunidade de se curar e esquecer, Willian sabia, no fundo, que provavelmente não retornaria na data combinada.
Ele não tinha certeza do que poderia ser, mas sentia lá, no fundo, naquela parte de si que ele ainda definia como intuição, que algo enorme o esperava na Grécia. Talvez ele encontrasse ali a sua alma gêmea, alguém com quem pudesse compartilhar a sua vida de uma forma genuína e diferente. Ou talvez ele finalmente conseguisse se encontrar, alcançando aquela paz interior que sempre almejou, sentindo-se verdadeiramente satisfeito com o que havia conquistado até então, sem a necessidade constante de buscar algo mais, sempre algo mais. Ou, numa possibilidade que lhe parecia perturbadora e enigmática, talvez ele encontrasse o fim dos seus dias ali, partindo deste mundo tão silenciosamente que ninguém descobriria até que se tivesse passado muito tempo. Seja como for, ele tinha a sensação de que na Grécia sua vida iria mudar irreversivelmente.
Ele agarrou o volante com força enquanto estacionava em direção à casa da sua mãe e soltou um suspiro profundo. Ele então pegou o seu celular, o seu distintivo e a arma que guardava no porta-luvas antes de sair do carro, sem pensar mais no assunto. A sua surpresa foi imediata ao se ver num ambiente festivo e com vários convidados que conhecia bem. Muitos deles eram colegas com quem trabalhou no passado, pessoas que ele considerava amigos até certo ponto. A presença deles o fez sorrir, mesmo que fosse um gesto um tanto fraco.
— Você realmente achou que iria para o outro lado do mundo sem uma despedida adequada? Adam perguntou, aproximando-se dele e colocando os braços em volta dos seus ombros num gesto amigável.
— Foi ideia sua? Perguntou Willian, olhando para o amigo com uma mistura de surpresa e gratidão.
— É para isso que servem os bons amigos. Respondeu Adam com um sorriso. — Para organizar uma despedida decente para você, mesmo que seja de uma lua de mel fracassada.
A risada de Willian foi imediata, mas logo Adam olhou-o diretamente nos olhos com um olhar de aparente desaprovação.
— Você está vindo de... você sabe... po*rra. Adam murmurou num tom que era algo entre divertido e acusatório.
— Que? Willian perguntou, intrigado.
— Você cheira a se*xo, cara. Disse Adam, balançando a cabeça. — Você tem que tomar um banho. Você não pode abraçar o governador com esse cheiro, e além disso, a Sra. Catarina está grávida. Você não quer deixá-la realmente enjoada. Ele disse, apontando para o segundo andar. — Vai logo antes que seja tarde demais.
Willian se permitiu rir enquanto observava Adam franzir o rosto em falso desgosto. Ele nem percebeu que o cheiro era tão óbvio, mas finalmente se aproximou dos convidados e se dirigiu a eles com um sorriso.
— Como não quero causar má impressão, principalmente diante de convidados tão ilustres. Disse ele, dirigindo-se ao governador e à esposa, que retribuíram com um sorriso amigável. — Vou me trocar rapidamente. Mas primeiro gostaria de agradecer por este momento tão especial. Prometo que voltarei em breve.
— Relaxe, vá sem problemas. Respondeu o governador, balançando a cabeça em compreensão.
Willian deu um tapinha no ombro de Adam antes de subir para o segundo andar. Ao fazer isso, ele começou a se despir e foi direto para o chuveiro. Deixou a água fria cair sobre o corpo, lavando-se completamente, embora apressado para não atrasar a celebração. Ao sair, ele enrolou uma toalha nos quadris e foi até o armário, procurando algo mais casual para vestir.
Antes de sair, ele pegou as roupas sujas do chão. Do bolso da calça ele tirou o celular e alguns pertences pessoais. Ele franziu a testa ao ver várias notificações de um canal de notícias, anunciando o aniversário do desaparecimento de uma herdeira famosa. Ele leu com interesse o artigo sobre Melina Krykos, a jovem herdeira de uma das mais prestigiadas redes de hotéis de luxo da Europa e da Ásia. Ele ficou impressionado com o fato de o artigo mencionar que ela tinha ido comemorar o seu vigésimo quinto aniversário numa ilha paradisíaca e que, desde então, ninguém mais tinha ouvido falar dela.
Uma batida na porta o tirou do seu devaneio. Ele balançou a cabeça e colocou o telefone de lado antes de sair do quarto. Ele foi recebido pelo sorriso caloroso da sua mãe, que lhe deu um abraço amoroso e o levou até a celebração, onde a sua família e amigos próximos se reuniram para lhe dar uma despedida adequada. Apesar da resistência, a família esperava que essa despedida não se estendesse além do mês que Willian havia prometido.
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